segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sobre o que importa.

Ótima perspectiva sobre os acontecimentos últimos. 
"Os “rolezinhos” e “shoppings lotadões” — que é como eles chamam os eventos nos estacionamentos e áreas comuns — são uma forma de ação afirmativa. É ocupação político-cultural, embora fora das caixinhas da esquerdologia dominante, que não os reconhece como movimento. Mas, proibidos de fazer bailes na rua, e cada vez mais discriminados em sua cultura de resistência, resolveram levar a festa para os lugares onde a própria publicidade os convida: aos shoppings. Os jovens negros e pobres das periferias e favelas das grandes cidades estão, realmente, se organizando. É isto o que assusta. Se eles entrassem individualmente, se se portassem como consumidores bem-comportados, bem-adaptados, estaria tudo bem. O problema é que se organizam, que não querem deixar de ser eles mesmos, de existirem livres em sua riqueza, mesmo quando conquistam a admissão no clube da dita “Classe C” ou “nova classe média”. 
Leia na integra AQUI.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Um salmo maravilhoso.


Oficinas sobre cultura popular e a construção de estratégias para enfrentamentos ao racismo e outras formas de opressão: a capoeira como tradição para o bom combate.

Ontem teve a apresentação oficial do Projeto de Formação para Mestres, Contra Mestres e Professores de Capoeira de Guarulhos que leva o nome de Oficinas sobre cultura popular e a construção de estratégias para enfrentamentos ao racismo e outras formas de opressão: a capoeira como tradição para o bom combate. Foi um prazer conhecer alguns desses educadores e saber que estaremos muito em breve juntos pensando e debatendo sobre cultura popular e capoeira. Terei a honra de ser o responsável pelas atividades. A iniciativa é da Secretaria de Igualdade Racial de Guarulhos e visa dar continuidade as estratégias afirmativas e de valorização da cultura afrodescendente no município. Serão 10 encontros com início previsto para o dia 22 de janeiro de 2014. É gratuito.  Para saber mais veja aqui e aqui

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Para começar a semana

Aceito a vida por cortesia: a revolta perpétua é de tão mau gosto como o sublime do suicídio. Aos vinte anos se rompe em impropérios contra os céus e a imundície que está sob ele… depois se cansa. A pose trágica só corresponde à puberdade prolongada e ridícula; mas são necessárias mil provas para alcançar o histrionismo do desapego. Quem - emancipado de todos os princípios de costume - não dispusesse de nenhum dom de comediante, seria o arquétipo do infortúnio, o ser idealmente desgraçado. É inútil construir tal modelo de franqueza: a vida só é tolerável pelo grau de mistificação que se põe nela. Tal modelo seria a ruína da sociedade, pois a “doçura” de viver em comum reside na impossibilidade de dar livre curso ao infinito de nossos pensamentos ocultos. É porque somos todos impostores que nos suportamos uns aos outros. Quem não aceitasse mentir veria a terra fugir sob seus pés: estamos biologicamente obrigados ao falso. Não há herói moral que não seja ou pueril, ou ineficaz, ou inautêntico; pois a verdadeira autenticidade é o aviltamento na fraude, no decoro da adulação pública e da difamação secreta. Se nossos semelhantes pudessem constatar nossas opiniões sobre eles, o amor, a amizade, o devotamento seriam riscados para sempre dos dicionários; e se tivéssemos a coragem de olhar cara a cara as dúvidas que concebemos timidamente sobre nós mesmos, nenhum de nós proferiria um “eu” sem envergonhar-se. A dissimulação arrasta tudo o que vive, desde o troglodita até o cético. Como só o respeito das aparências nos separa dos cadáveres, precisar o fundo das coisas e dos seres é perecer. Conformemo-nos a um nada mais agradável: nossa constituição só tolera uma certa dose de verdade…
( Emil Cioran ) 
Encontrado em Morte Lenta

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Impressionante! O principal problema do fundamentalismo, seja ele religioso, político ou econômico, é querer ter a última palavra.
http://www.vice.com/pt_br/read/os-estupros-fantasma-da-bolivia?Contentpage=-1